O silêncio que se instala após certas vitórias políticas não é o da reflexão, mas o da conveniência. Bastou o resultado sair do jeito esperado — graças a artimanhas que nunca aparecem na propaganda — e o verbo foi recolhido ao bolso, junto com o sorriso contido. Esse silêncio não é falta de assunto. É excesso de cálculo. Melhor, então, posar de estadista ponderado, como se a quietude fosse virtude e não estratégia. É um mutismo seletivo. Por fim, o silêncio revela mais do que qualquer discurso. Ele confirma que a vitória não pediu aplausos porque não suportaria perguntas. E assim a política segue, provando que, para alguns, o maior talento não é convencer — é desaparecer no momento exato em que deveriam explicar. O fato exposto é apenas que o deputado Celso Sabino, que foi expulso do União Brasil, foi demitido do Ministério do Turismo. E ainda mais, o ministério será devolvido ao partido que o expulsou.