No Brasil, basta a palavra “corrupção” aparecer na manchete para o político já vestir a fantasia de perseguido. Não importa se há provas, áudios, planilhas ou malas — tudo vira obra de uma conspiração. A Justiça erra, a imprensa persegue, o adversário trama. Só ele, curiosamente, permanece puro, incompreendido e injustiçado. É quase um reflexo condicionado: foi flagrado? Então não é culpado, é vítima. Vítima de um sistema que, ironicamente, ele ajudou a construir.