Caso acontecesse no funcionalismo público, alguém chamaria de desvio de função. Complica-se e mistura-se no Brasil o estudo de ciência política. O envolvimento de alguns profissionais da área como assessores de políticos ou até outros que se candidatam prejudica a razão da finalidade da ciência política em si. Estas ações empanam o brilho daquilo que poderia ser a teoria e prática da política e ainda o ato de descrever e analisar os sistemas políticos e os comportamentos políticos. Alguns se manifestam aproveitando o título adquirido, para de forma sub-reptícia e mal disfarçada, demonstrarem suas preferências ou tendências à determinada candidatura eleitoral. Saem da profunda discussão acadêmica do assunto e deixam de lado a essência da ciência política propriamente dita e partem para o proselitismo, tentando desta maneira dirigir o público eleitoral transformando-se em verdadeiros “cabos” eleitorais do candidato da sua preferência. As vezes nem tanto pelo da sua preferência mas também com propósito mascarado de ajudar outra candidatura posta, por estar a serviço desta. Fica formada uma mistura imprópria de marqueteiro e assessoria que se confunde erroneamente com o nome de cientista político. Meus respeitos aos verdadeiros cientistas políticos.