Especialistas na espécie, costumam afirmar que o esporte individual é prejudicial ao praticante, uma vez que pode torna-lo irreversivelmente egoísta. Principalmente em suas vitórias conquistadas. Estas na maioria das vezes são festejada apenas por este, esquecendo por completo, aqueles que contribuíram para o sucesso. Concordo em parte.
Independente das teses elaboradas sobre o assunto sempre preferi praticar o esporte coletivo. Aquele que necessita do esforço de uma equipe. Neste contexto, entendo que no atletismo ou na natação o especial está nas provas de revezamento. A equipe deve estar preparada e bastante sincronizada, ajustada e, é tão importante o que dá largada, como o atleta que se apresenta na chegada, sem deixar de lado os que estavam na fase intermediária da transição, tanto na largada da borda da piscina como aquele passa o bastão ao companheiro de equipe durante a corrida nas pistas de atletismo.
Não posso abandonar a premissa de que o atleta vencedor nestas competições, ou seja o último que caiu na água ou o último a receber o bastão, para esta conquista, dependeu muito da performance dos anteriores.
Concordo também, que a chegada a este objetivo é necessário na natação uma braçada e no atletismo um passo. Sem estes primeiros movimentos apenas ficamos estáticos e a lugar nenhum chegamos.
Com estes pensamentos, festejos os 42 anos de sucesso do vitorioso “Diário do Pará”, fundado em 1982, tendo à época como nosso timoneiro o meu saudoso pai, sempre conhecido como “seu Laércio”.
Neste momento me permitam parabenizar, festejar todos os que formaram a equipe da largada que em um momento oportuno passou o bastão a outra bastante vitoriosa que chega ao pódio. Em respeito a todos não cito nomes dos vitoriosos da largada, mesmo aqueles que já passaram para outro mundo e de lá também festejam a importância de seus trabalhos em uma época de grandes adversidades, mas que não se quedaram aos que monopolizavam a imprensa paraense.
Como participante da fundação ao lado de valorosos companheiros aplaudo de maneira gratificante, tanto os do inicio da empreitada como aqueles que neste momento continuam trabalhando pelo engrandecimento do jornal.
Encerro estes rabiscos lembrando que em 1982, dizíamos em todos os departamentos do jornal que “o Diário do Pará estava chegando para ficar”. Fato consumado, os anos passaram e hoje ele está consolidado. Minha observação neste momento é reconhecer que o filho parido se tornou adulto, ao contrário dos que pensavam que ele morreria no nascedouro.