Lançar sucessores apenas para guardar vagas ou procurar uma segurança política e administrativa no novo governo, é temeroso quando o indicado é de pouca experiência na vida política partidária. A história, já apresentou vários casos desta natureza. Vale lembrar os anos 90 em São Paulo, eleições para prefeito da capital em substituição ao Paulo Maluf. Para não apontar e consequentemente ter que apoiar, Maluf não quis nenhum político, preferiu um dos seus secretários municipais, e o selecionado foi Celso Pitta. Isto ficou conhecido como eleger ‘um poste’. E aconteceu Celso Pitta, prefeito paulistano. Maluf foi o maior cabo eleitoral de Pitta durante a campanha. Numa famosa manobra política, Maluf foi à TV no horário gratuito dos partidos e afirmou que se Pitta não fosse um bom prefeito para São Paulo, que ninguém mais votasse nele (Maluf). Em março de 1999, depois de inúmeras divergências com Maluf, o novo prefeito anunciou o rompimento final com o padrinho político. Ele saiu do partido mencionando “ingratidão” de Maluf, que iria a TV um mês depois para pedir desculpas à população por ter recomendado o voto. A passagem de Pitta pela prefeitura, agora na condição de chefe do Executivo, foi permeada de escândalos e processos na Justiça. Os escândalos obrigaram Paulo Maluf ir à TV pedir desculpas pela indicação, mas não foram aceitas e o grande prejudicado foi o que indicou.