Foi desarticulada, nesta quinta-feira (30/1), uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas, que explorava a fé religiosa para enganar vítimas e convencê-las a investir em falsas transações financeiras. Estima-se que o grupo, composto por cerca de 200 integrantes, lesou ao menos 50 mil pessoas no Brasil e no exterior. As investigações estão a cargo da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor), da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pela terceira fase da Operação “Falso Profeta”.
Os policiais — um total de 90 — agiram no DF e em seis estados: Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra 15 suspeitos que atuavam no esquema criminoso. Além disso, foram determinadas outras medidas: bloqueio de contas bancárias — nas quais estão depositados 7,9 milhões de reais — e a proibição do uso de redes sociais pelos investigados.
O esquema
Segundo as investigações, o bando atuava de forma estruturada e hierarquizada em diferentes funções, como líderes religiosos, “laranjas”, influenciadores digitais e administradores de redes sociais. O esquema se baseava na manipulação da crença religiosa com a promessa de riquezas milagrosas, em uma teoria apelidada de Nesara-Gesara.
Fonte : Correio Braziliense