Transferir votos para um candidato, não é nada fácil. Quem acredita que isto resolve uma eleição está redondamente enganado. Em primeiro lugar, o indicado tem quer ser carismático e um passado que demonstre suas verdadeiras realizações, não apenas as do patrono da candidatura. A empatia com o eleitorado pode ser um outro quesito muito importante. Não basta ser apenas amigo de quem está indicando. Necessita ter visão política e trânsito com muita fluidez, principalmente com os aliados. Muitos destes, por tempo, pensaram que poderiam ser os indicados, mas não foram os escolhidos e neles permanecem os ressentimentos e mágoas adormecidas em silêncio interno.

A política também tem seus contos folclores. É sempre bom lembrar de alguns do passado, que servem para o presente e até para o futuro. Sempre contado o do ‘já ganhou’ ou do ‘já eleito’. É narrada uma estória de um candidato a vereador, que bradava a todos que estava eleito. A propaganda era a mesma o tempo todo do entusiasmo do ‘já ganhou’ ou ‘já ganhei’. Vieram as eleições e logo em seguida as apurações. Como resultado final, ele teve apenas o voto dele e nada mais. Aborrecido ele cobrou da esposa, o voto nele. Ela rapidamente respondeu – marido, você dizia sempre que estava eleito, acreditei e resolvi ajudar o nosso compadre que também era candidato.

O blog Pero Vaz de Caminha recebeu informações de Belém, sobre a viagem da vice-governadora do Pará, Hana Ghassan a Bragança, no nordeste do estado, na próxima sexta-feira (27). Em virtude de notícias de que ela participaria de uma carreata de cunho eleitoral, há possibilidade de sua desistência. A visita programada faz parte de vistorias de obras da Usina da Paz, que ela está fazendo em vários municípios. Não há por parte do cerimonial do governo estadual nenhuma participação em carreatas. Em razão disto, existe até a possibilidade da vice-governadora deixar a vistoria das obras para após as eleições.

Nunca é demais lembrar e fazer a diferença entre uma notícia de jornal e uma publicidade de conteúdo, paga por alguém. Quando é apenas uma propaganda, o jornal não se responsabiliza pelo conteúdo. Torna-se apenas um conteúdo de interesse de quem comprou o espaço, para que haja divulgação. Nada mais do que isso. Na maioria das vezes pelo fato do conteúdo não ter a credibilidade suficiente, é usada esta estratégia para escamotear uma verdade. É sempre bom o leitor e o eleitor perceber e não se deixar enganar por estas artimanhas. Na realidade um jornal sério faz questão de informar que se trata de um conteúdo de marca. Como diz um humorista da democracia – otário é sapo que tem quatro pernas e ainda anda pulando.

Por demais atípico para um município de grande político, como se entende que seja Bragança, na região nordeste do Pará. Quais as razões reais de não ter acontecida e nem publicada uma pesquisa eleitoral? Somos sabedores de que há instituto de pesquisa que já publicou resultados em quase todos os municípios paraenses. Na Pérola do Caeté, nada! O que estaria a motivar esta atitude esdrúxula com o eleitorado bragantino. Falamos de institutos sérios e que tenham a veracidade como fator principal.

É antigo e correto na democracia, apenas os ditadores não gostam de debates. A melhor maneira de conhecer um candidato a um cargo majoritário é a realização de um debate. Ali é possível observar a postura, a maneira de ser, como também as propostas e as realizações já acontecidas por um candidato. As simples propagandas na internet, não passam de contos de fadas, onde sempre o candidato não transparece a verdadeira realidade. O confronto neste aspecto é necessário, principalmente para conhecimento dos eleitores indecisos. O que não quer participar, pode ser uma demonstração de que teria algo a esconder, e que não pode se tornar público.