A tendência de uma gestão é o desgaste, principalmente as longas, que chegam ao final com poucas realizações benéficas. Provoca necessárias dissidências entre aliados, que fogem do fato como o diabo foge da cruz. Automaticamente percebem o contágio por vírus da inoperância circulando nas eleições e com isto a grande probabilidade de serem tragados pela onda obrigatória de mudanças. É duro querer participar de um ‘abraço de afogados’, a não ser por extrema obrigação ou por compensação valiosa.

Para os que gostam de uma festinha para receber elogios e estímulos, nada pior para os festejados e convidados, do que a notícia – que colocaram água no chopp. É como tomar uma ducha de água gelada, em época de frio. Por vezes dá até vontade de transferir a reunião. Os mais renitentes permanecem por necessidades, mas os ânimos vão embora. O jeito é disfarçar que está tudo bem, mesmo a contragosto. Em reunião política onde o considerado líder não lidera nada, acontece o mesmo.

Aprendemos no decorrer da vida política, algumas nuances folclóricas, próprias dela. Nos lembra aquele que quer se candidato, e diz ao líder – só preciso passar na convenção e nada mais. Estou preparado para a campanha eleitoral, inclusive na questão financeira. Passada a convenção, o dito cujo não sai da ilharga do comandante do partido, procurando pelo famoso recurso.

O termo ‘by pass’ traduzido do inglês para o português de maneira instantânea, significa ‘desviar’. Por incrível que pareça, alguns controladores consideram um crime – ‘levar um by pass’. Ou seja, não é sério aquele que desvia, o que já foi desviado. Desta feita a falta de seriedade fica comprometida e o desviador é punido com o devido e imediato afastamento de onde comandava.