Confirmado, os fatos sempre vencem. Contra eles não há argumentos que os derrotem. Contra os fatos, a única saída é a porta dos fundos. O pior é, que os que nem argumentos possuem, partem sempre para agressões. O grande prêmio de um homem público, é reconhecer os erros. Os melhores aplausos devem ser na saída e não somente na chegada. Como dizia um vivido político – Viver é participar. Sem participar não é viver. A longevidade muitas vezes não é tão gratificante.

Em todas as profissões existem as deficiências; naturais ou estimuladas. No inicio da minha fase adulta, o jornalismo era feito por aqueles que escreviam o que pensavam. Estes escreviam o, que pensavam ser a verdade, embora fosse a verdade deles, assim sendo dentro da honestidade de pensamento. Outros escreviam o que o patrão pensava, embora a contragosto para defender o salário necessário. Infelizmente existiam e ainda existem os que escreviam e escrevem o que dinheiro pede ou manda. Estes, naqueles tempos, eram chamados pelo termo “penas de aluguel”, que soava e ainda soa, para a categoria como um grande e “cabeludo” palavrão.

Quando um deputado federal em uma discussão com outro, diz que no “seu tempo a questão seria resolvida na bala”, é uma prova inconteste de que estamos maus representados. Na ‘bala’ é pra pistoleiros e não pra deputados. Quando há falta de argumentação numa divergência de ideias, para os que não respeitam o cargo, prevalece a ignorância.

Um sábio ditado árabe diz que apesar de os cães ladrarem, a caravana segue o seu caminho, ou seja, nada irá impedir que a caravana siga o seu rumo. A expressão pode significar que é necessário ignorar as provocações que possam impedir o progresso e esquecer as críticas que não sejam construtivas. Momento de reflexão para ser usado contra os que são useiros e vezeiros na prática. Na mudança é necessária a quebra de viciadas tradições encontradas. Só assim a caminhada prosseguirá tranquilamente.

Não custa relembrar -‘O poder que inebria é o mesmo que abobalha’. O poeta Augusto dos Anjos deveria ter colocado esta frase em sua grande obra literária ‘Versos Íntimos’. Em um trecho diz …A mão que afaga é a mesma que apedreja…Apesar de ser um escritor que demonstra um certo pessimismo, nele também aflora a decepção. Poderia atualmente servir de alerta para políticos que entendem que patacoada faz parte da política propriamente dita. As vezes não se torna um bobo, mas fica muito parvo.