Quem fabrica leis é o legislativo. Como de praxe sempre deixa uma brecha, para alegria dos advogados. Infelizmente no Brasil de pouco adianta a decisão singular de um juiz. É de praxe também, que estas recebam do andar superior uma liminar que anula nem que seja temporariamente o decidido pelo andar de baixo. Por todo o país e quase todo dia há notícias de prefeitos que são cassados. Mas também notícias logo em seguida dão conta que retornaram ao cargo por decisão superior (liminar). Em grande parte esses prefeitos terminam os mandatos através de liminares. Não é tão fácil entender nos dicionários que informam, que a palavra ‘cassado’ significa – cancelado ou anulado. Mas talvez seja fácil entender que os caminhos das leis são bem diferentes dos dicionários. Aprendemos que

As campanhas eleitorais atualmente nas mídias e redes sociais, poderão ser objetos de estudos na neuromarketing. Se levarmos em consideração que – neuromarketing aplica métodos da neurociência e várias ferramentas de diagnósticos para entender a intensidade e as reações aos estímulos, além de estudar as reações não conscientes dos consumidores. Atinge tanto o cérebro do eleitor, que pelo excesso de propaganda acaba acreditando mesmo sem querer nas ‘proezas e trabalhos’ de algumas candidaturas.

Já em 2017, o presidente do Detran de Alagoas, Antônio Carlos, Gouveia, criticava, durante uma entrevista à Rádio Gazeta, a colocação desenfreada de ‘araras’ nas vias da capital alagoana, pela prefeitura. Ele acreditava, que a fiscalização eletrônica em Maceió, acontecia unicamente para arrecadar dinheiro e ressaltou na oportunidade a necessidade de basear a instalação desses equipamentos em estatísticas de acidentes. Dizia, que as araras têm que ser colocadas onde haja comprovação de acidentes por meio de estatísticas. Arrematou que – “Araras são para multar e arrecadar dinheiro”

‘Tartufo’, a comédia escrita por Molière, considerada uma das mais famosas da língua francesas em todos os tempos, ainda repercute muito pelo mundo afora. Quando encenada pela primeira, foi censurada pelos devotos religiosos, à época. Simplesmente, ela retrata no principal personagem e na razão do título, como um hipócrita e dissimulado. Se levarmos ao pé da letra ‘os tartufos’ continuam e engrossando o caldo da disputa eleitoral também por aqui. Segundo alguns historiadores, na língua portuguesa, o termo tartufo, como em outro idiomas, passou a ter a acepção de pessoa hipócrita ou falso religioso, originando ainda uma série de derivados como tartufice, tartúfico ou ainda o verbo tartuficar – significando enganar, ludibriar com atos de tartufice.