O reconhecimento de ilegalidade não é suficiente para sustentar a condenação por improbidade administrativa; sendo indispensável para isso, a prova do dolo do agente. Este fato jurídico, poderá criar condições para revogar inelegibilidades proferidas por tribunais de contas. Além disto poderá criar embaraços para câmaras municipais, que cassaram ex-prefeitos por improbidade administrativa, aceitando apenas pareceres de tribunais de contas e não observando a devida legislação. Casos já julgados procedentes pela justiça de São Paulo.

Como em algumas disputas esportivas, também na política há quem prefira a lei do menor esforço. Vencer fora do campo, através de disputas no tapetão. Ou seja, vencer no W.O. Chegar à vitória sem ter adversários. Vale lembrar que W.O. ou walkover (em inglês), é a atribuição de uma vitória a uma equipe ou competidor quando a equipe adversária está impossibilitada de competir. Uma espiada no que diz o humorista da democracia – Quer moleza? Senta no pudim.

As emendas parlamentares servem pra tudo? Pergunta de um leitor assíduo do Pero Vaz de Caminha. Resposta do blog, imediata e sem pestanejar – claro, que não ! Servem para obras e serviços públicos, explica. Retruca o interlocutor – pensava que poderiam ser usadas em negociações privadas, em razão de uma compra de um hotel. E encerrou a conversa sem informar quais os vendedores e o comprador do referido imóvel.

Não há contestação. Em matéria de embromação nas palavras e em misturar números, ninguém supera determinados candidatos a prefeito. Nas palavras são conhecidos como Forest Gump, o contador de estórias. Nos números são conhecido como Malba Thaan, o homem que calculava sempre a seu favor. Nestas artimanhas são invencíveis.