Tornou-se natural um deputado procurar outras regiões quando não é mais acreditado em seu reduto eleitoral de origem, tentando a reeleição. Nas eleições proporcionais (de parlamentares) acontecem muito. Estranho, é acontecer nas eleições majoritárias (senadores e governador), onde um parlamentar perde o crédito na região original e se desloca para outras como se fosse uma pura novidade na política. Por lá, não é conhecido e nem tem conhecimento sobre a situação e necessidades das regiões a percorrer. Principalmente em um Estado com enorme dimensão e peculiaridades diferentes como existem no Pará. A procura já está em andamento visando as eleições de 2026.

Como sempre as histórias se repetem com apenas autores e atores mais atuais. Não há como diferir também das suas cortes palacianas e suas intrigas, principalmente as familiares. Embora de uma maneira ou de outra, normalmente elas são encobertas para não conhecimento do público. Hoje, sabemos das acontecidas em outras épocas. Principalmente na medieval, embora em momento mais atuais a mais conhecida aconteceu na época do ex-presidente, hoje preso pela justiça, Fernando Collor. A devida arrogância no poder, estimulou uma entrevista na revista Veja, de seu irmão Pedro. que culminou com a sua brusca queda. Erram aqueles, que também procuram colocar em isolamento no ‘cemitério dos elefantes’, os que sabem muito. Erram mais ainda, os que pensam desta forma, ao não perceberem a gigante memória conhecida destes paquidermes. Todo cuidado

Segundo alguns analistas, quem não tem aptidão para o poder, não deve se envolver em candidaturas para cargos públicos, na política partidária. Ainda por outras informações, a “aptidão para o poder” é uma forma de expressão que pode ser interpretada de diversas maneiras, dependendo do contexto. Na política, pode ser analisada, referindo-se à capacidade de um político ou líder de exercer poder sobre a população, influenciar decisões e implementar políticas. Este tipo de aptidão não pode ser definido por qualquer afinidade ou transmissão consanguínea. Talvez adquirida por convivências internas ou externas.

Pelo exposto somente depois de muito tempo pela mídia brasileira sobre a ditadura militar é possível observarmos, que CIA- Central de Inteligência Americana, conhece o Brasil mais do que nós. Como exemplo é possível lembrar, o que ficou conhecido como o “Escândalo da Parabólica”, acontecido no governo de Fernando Henrique Cardoso em 1994. O diálogo do diplomata e então Ministro da Fazenda, Rubens Ricupero e o cunhado dele, e jornalista Carlos Monforte da rede Globo. A conversa vazou enquanto se preparavam para entrar no ar ao vivo no Jornal da Globo, daquele dia. Essa transmissão foi feita por meio do canal privativo de satélite da Embratel, acessível pelos lares com antena parabólica. Nela, Ricupero afirmou: “Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim

Lembrando sempre a dita frase – ‘pela fé da mucura’, chegamos a um momento apropriado do falecido político paraense, embora nascido no Ceará, Hélio Gueiros, com quem tivemos oportunidade de trabalhar tanto no cartório de sua propriedade, também como jornalista esportivo no jornal O Liberal. A atuação do atual governador do Pará, Hélder Barbalho, nos faz retornar ao tempo em que o Hélio Gueiros dizia sempre – ‘sou tarado por Doca’, referindo-se à Avenida de Souza Franco, em Belém, por ocasião de uma das reformas em sua gestão à época. Hélio foi promotor, parlamentar, governador do Pará e prefeito de Belém.

Alguns historiadores creditam ao ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, a frase – Política se comporta como as nuvens, mudam constantemente de formato. Acompanhando a tese do ex-governador mineiro, podemos dizer também que no Pará por enquanto neste aspecto tudo não passa de ensaios e preparações, visando as eleições gerais do próximo ano. Costumamos também dizer que um fato circunstancial pode mudar qualquer expectativa. Já se apresenta o momento de como dizia uma raposa felpuda da política paraense passar sebo nas canelas e tomar café aonde for necessário. Em política, diferente de algumas competições não há vitória por antecipação.