O quase ex-presidente dos EUA, Joe Biden,, em um debate televisivo, declarou de forma incisiva em 2020, que “começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia”. Amanhã ele passará por Manaus, rumo ao G20 no Rio de Janeiro, e até agora a Amazônia não recebeu nem um centavo de real, desta promessa eleitoreira.

Queiram ou não, mas em qualquer governo democrático os protocolos mantém regras rígidas, que necessitam de cumprimentos. Uma das questões que deve merecer bastante atenção, é falar em nome de um chefe de executivo, sem a devida permissão, por mais que faça parte da equipe de governo. Os que cometem essas gafes protocolares, podem sofrer repreensões de seus comandantes. Afinal de contas, o protocolo é o conjunto das normas para conduzir qualquer evento, ou seja, é a legislação que coordena o cerimonial.

Todo silêncio pode ser considerado como uma incógnita, afinal de contas uma reação que nada diz. Fica apenas no pensamento. Exatamente por isto, o escritor francês Sthendhal, costumava usar a expressão – a palavra foi dada ao homem para esconder o seu pensamento. Afinal de contas, no popular, é possível também dizer, que quem muito fala, acaba dando bom dia a cavalo. Como aprendizado político é bom lembrar o legado deixado por Tancredo Neves – na política tem hora para falar e hora para calar. Embora na essência tenha sido extraído de um texto bíblico, em Eclesiastes 3:7-8.

Para um bom entendedor ou entendedores, poucas palavras bastam, para que o assunto seja entendido. O Papa Francisco, usando a inteligência que lhe é própria, não precisou de muitas, para alertar o mundo acerca da conturbada tensão entre ocidentais e o Estado Islâmico. Fato acontecido em 2015. Com grandiosa sabedoria lançou apenas uma frase para que todos entendam e reflitam também com muita acuidade. A sutileza é – a violência em nome de Deus é “blasfêmia”. Serve para outros, que falam muito em Deus, de maneira inapropriada.

Nenhum modo musical retrata tão bem o sentimento brasileiro do que o samba. Fideliza com muita propriedade todos os sentimentos positivos ou negativos desta nação. Todos os poderosos ou autoridades do Brasil, deveriam antes de assunção a qualquer cargo ter pleno conhecimento sobre as orações contidas no samba. Por conseguinte, deveria constar em nossa Constituição, como cláusula pétrea. “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é”, já dizia Dorival Caymmi.

Passaram e provavelmente sem retorno. Tempos de orgulho de instituições como ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que agiam não apenas de forma interna corporis. Muito pelo contrário, sempre havia uma preocupação externa corporis, principalmente em consonância com os requerimentos da sociedade brasileira. Os tempos atuais indicam, que aqueles passaram e não retornarão. Perdoem-me, mas ainda não é uma indignação, talvez somente um saudosismo. Como diz o poeta Paulinho da Viola de forma musical: “Não olhe para trásAgora não é hora de se arrependerO tempo não volta mais”