Discussão política entre dois participantes de grupo de site, em Bragança, no nordeste do Pará, termina em acusações recíprocas. Pelo que os dois conflitantes representam, o nível poderia ter sido bem melhor. Um deputado estadual e outro é empresário, na realidade empreiteiro de obras. O primeiro pretende uma mudança nas próximas eleições, enquanto que o segundo defendia a manutenção da atual gestão. Tudo aconteceu em razão da falta de debates nos meios de comunicação dos candidatos a prefeito. Um a favor de que haja debates e outro não. As acusações continuaram com um convite para um duelo na porta do Ministério Público. Um compareceu e o outro não. A nota do Pero Vaz de Caminha, no final de semana, foi sobre debates dos candidatos e não de fãs.

É de rir de editoriais de jornais que pregam a moralidade sem tê-la. E se acham no direito de reprimir alguém. Lembram o músico paraense William Blanco Abrunhosa Trindade, que ficou famoso com o pseudônimo de Billy Blanco, na composição musical ‘Canto Chorado’, que em um trecho diz: ‘O que dá pra rir, dá pra chorar. Questão só de peso e medida’.

Para os leigos é difícil entender algumas normas ou legislações existentes no país. Vejamos – o que seria uma notícia crime? Nas consultas ao Google é possível ter como resposta – é o fato criminoso que chega ao conhecimento da autoridade competente para investigá-lo. Simples né? Nem tanto! Como as autoridades devem tratar uma notícia crime, diária em quase toda a imprensa brasileira, sobre o envolvimento do poder econômico privado e público nas mais diversas campanhas eleitorais? Merece ser investigada?

Rumores nas esquinas sobre candidaturas a prefeito. O eleitor fica a escutar os milhões que poderão ‘rolar’ nos últimos dias da campanha eleitoral. Milhões pra cá e milhões pra lá. Tudo bem! ou não? Em sendo verdade, está faltando respeito com a legislação que define o teto, que possa ser gasto na dita cuja. Assim sendo somos obrigados a concordar, que há lei, feita para não ser cumprida. Como dizia o coronel Barata, que foi governador do Pará – algumas são potocas

Os debates entre os candidatos a um cargo eletivo, como o de prefeito, deveriam ter a participação de todos os registrados pelos tribunais eleitorais. Selecionar e excluir por qualquer razão, não é o correto. Esta atitude desequilibra o pleito e favorece alguns. Fazer acordo com a direção dos debates aceitando que se um deles não participar o encontro não acontecerá, é piada para favorecer ‘fujão’. No caso é falta de seriedade de todos. O único prejuízo político que o faltoso teria – ser chamado exatamente de ‘fujão’, e nada mais.