A política brasileira de uns tempos pra cá sofre gigantescas transformações em sua maneira de ser. Em algumas publicidades eleitorais na internet, as ‘cadeiras’ (quadris) se movimentam para um enganoso ‘rebolado’. Enquanto isso nos debates televisivos as cadeiras estão servindo para uma tentativa de melhorar as cabeças dos adversários políticos. Faltando cérebro em todos os lugares. Infelizmente a política deixou de ser séria, para se tornar piada sem humor. Como definia o sempre lembrado Ruy Barbosa – a política é uma arte que se transforma em artimanha.

O brasileiro tem o costume de romper com as tradições. Consegue anarquizar qualquer projeto ou regra. O ‘Rock in Rio’ é um exemplo. Ter Ivete Sangalo como participante é como colocar na Barra Ondina, em Salvador a banda ‘Pet Shop Boys’, em cima de um trio elétrico durante o período de carnaval. O atual Rock in Rio, poderia ser definido como – ‘quando todos viraram roqueiros’. Tem de tudo e de pouco tem rock. Comprovação de que nem show no Brasil é levado a sério. Tudo vira piada.

“Um número absurdo de figuras políticas estão implicadas, deixando o quinto país mais populoso do mundo com poucos líderes credíveis. As lutas políticas e a desconfiança pública estão subindo rapidamente. Assim como a polarização, os cidadãos cada vez mais culpam o outro lado pelos problemas de seu país”. Diz o jornal New York Times, sobre o momento que vive o Brasil

Candidaturas precisam mostrar que elas são pra valer e não apenas meros coadjuvantes, visando ajudar alguém como escadas no primeiro turno ou no segundo para adesões calculadas. Eleitorado começa perceber alguns candidatos que fingem ser oposição para atrapalhar, ou seja, dividindo os votos dos verdadeiros oposicionistas. Dá pra notar que as negociatas já foram realizadas por antecipação.

Os discursos emocionados sobre a Amazônia, nos faz lembrar os emocionantes discursos de políticos em palanques para um público que pouco entende do assunto e aplaude, sem saber nem porque está aplaudindo. Beiram à hipocrisia. Faria sentido se fossem acompanhados de ações que beneficiassem a população que mora na região. Por aqui não há somente florestas. Existem brasileiros, que continuam espoliados por discursos demagógicos. Se a Amazônia é o pulmão do mundo, os que moram lá fora deveriam nos ajudar, para que eles possam respirar e também a não nos deixar morrer por inanição.