A paronímia se caracteriza pela mera semelhança (de escrita e som) entre palavras com significados diferentes. Não apenas por meras semelhanças, mas, por vontade própria, alguns escrivihadores usam e maltratam a língua portuguesa, em benefício de suas espertezas. Para enganar os desavisados, usam uma palavra no texto semelhante à outra, que tem sentido completamente diverso. Na tentativa de intimidar modificam a vontade de maneira imprópria, para intimar. Ora, ‘intimar’ segundo um dicionário, significa – dar ordem ou ordens de forma impositiva, muito usado na justiça. Enquanto que intimidar representa – provocar, receio ou temor; amedrontar. Usando um termo para intimidar.

A troca de apoio através de cargos entre o Executivo e o Legislativo no Brasil, não deveria causar perplexidades aos analistas de plantão. Para disfarçar, alguns chamam de governabilidade. Qual o governo brasileiro que não usou esta prática? Até no momento da última ditadura, vários cargos foram preenchidos por afilhados de parlamentares. Quantos grupos de comunicação indicaram e indicam parceiros? Até o Rui Barbosa conhecido como monarquista aderiu ao republicano general Deodoro da Fonseca e ganhou o Ministério da Fazenda. Esta prática não é novidade no Brasil.

Alguns eleitores de Bragança, no Pará, indagam ao Pero Vaz Caminha, as razões do candidato a prefeito Mário Júnior, não estar inelegível para as próximas eleições. Isto em razão de postagens na internet, de um Acórdão do Tribunal de Contas dos Municípios, onde consta a não aprovação de contas do Fundo Municipal de Irituia do exercício de 2005. Na oportunidade ele seria o Secretário de Saúde daquele município. Inclusive pela decisão, os autos do processo deveriam ser enviados para o Ministério Público Estadual. Não sabemos as razões de ele não ter ficado inelegível, afinal de contas, a legislação é para todos. Podemos ter apenas algumas elucubrações para esclarecimentos. No entanto, cremos que o candidato seria a pessoa mais indicada para responder sobre o assunto para as devidas explicações ao eleitorado.

O MDB não pode esquecer as origens. Em uma reunião do partido para tratar de desobediência de parlamentares em questão fechada, usou o velho slogan do tempo da ditadura ‘ame-o ou deixe-o’. Na realidade o antigo PMDB, nunca fechou questão em nenhuma votação. E não esquecendo o tempo da ditadura, voltou a tirar o ‘P’ do partido. Retornando para a época em que era apenas um Movimento. No inicio o ‘movimento’ tinha dois grupos no parlamento – os autênticos e os moderados. E agora?