Aprendemos que ninguém deve nomear alguém quando sabemos, que não teremos força suficiente para exonerar. Simplesmente fruto de acordo espúrios na busca pelo poder. Regras acordadas, que não podem ser quebradas. Desta forma os guindados a gestor público, sabem muito bem o que poderá acontecer, se afastar alguém indicado por aquele que o apoiou na candidatura. Sendo assim, pouco resta a fazer, a não ser, ir tocando a gestão, finalizando de maneira drástica o que já era previsto. Ir se aguentando da forma que der. Ou inventar uma mágica para sair do imbróglio.

A vida pública é cheia de contorcionismos. No popular, seria trágico se não fosse cômico. Um ex-gestor que apesar de ex mostrou, que é possível ser o titular, mesmo fora do governo. É difícil acreditar que mesmo na qualidade de ex, ainda use os palanques oficiais para pronunciamentos políticos. Não foi em vão o repetido no passado – em política só não vemos boi voar. No ultimo palanque oficial em Bragança, no Pará, o boi voou. O ex foi o centro das atenções, conseguindo agradecer ao povo bragantino, demonstrando enorme gratidão. Não perdendo oportunidade para ser aplaudido, enquanto que os titulares ficaram em segundo plano.

Como podemos confiar em um presidente que constantemente está ameaçando. O principal trabalho dele é apenas ameaçar. Até o momento não foi possível observar qualquer projeto que de fato ajude a recuperação dos EUA, que segundo alguns analistas está debaixo de uma crise, além da falta de confiança dos investidores. Bravatas nunca foram soluções para aqueles gestores que de fato estejam bem intencionados. Ameaças são mais adequadas aos lutadores de boxe ou de MMA, no período que antecede uma luta patrocinada como um espetáculo, principalmente de forma televisiva.

Como sempre e portanto se tornou até natural, algumas lideranças políticas municipais que já começam a tomar o caminho da oposição estadual, em relação as eleições de 2026. Para aquele momento, deverá acontecer o desenlace explícito de uma falsa convivência, que não é mais possível. Alguns já estão a caminho, quase chegando e somente aguardando o líder maior, que ainda não pode, por não querer deixar de receber os mimos e benesses atuais da situação. Assim caminha a humanidade e a política paraense também.

De tantas viagens de autoridades e políticos para Bragança na região nordestina, com a aproximação das eleições do próximo ano, que o público para prestigiar estes eventos está a cada dia ficando diminuto. A preferência preponderante parece estar em festas na orla do Caeté, com artistas, cantores e outros do ramo. As reuniões políticas estão tão enfadonhas, e sobrecarregadas de mesmice, que nem o deputado estadual, filho da terra, comparece.